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terça-feira, 15 de junho de 2010

A origem das orquideas

O nome orquídea tem origem na palavra grega “orkhis” que significa testículo. A família Orchidaceae foi assim chamada pelo fato das primeiras espécies descritas possuírem duas túberas gêmeas sugerindo testículos. Provavelmente a primeira referência documentada desse nome tenha sido feita no terceiro século antes de Cristo pelo filósofo e naturalista grego Teofrasto em sua obra sobre as plantas. Esse estudioso foi discípulo de Aristóteles e é considerado o pai da Botânica. Naquela época as pessoas acreditavam que esses tubérculos tinham poderes afrodisíacos e os usavam na alimentação, depois de convenientemente preparados...

É óbvio que a história das orquídeas data de muitos milhares de anos, tendo os nossos ancestrais com certeza se deparado com elas em muitas oportunidades; mas não existem dados concretos sobre isso e só podemos citar aquilo que está de alguma forma registrado. Assim, no meio de tanta obscuridade podemos citar referências feitas às orquídeas pelos chineses há aproximadamente 4.000 anos atrás, onde a palavra “lan” que identifica essas plantas, aparece citada nos trabalhos de então. O célebre Confúcio (551 a 479 AC) também faz algumas referências às orquídeas, e no século III são mencionadas duas espécies dessa família de plantas num manuscrito chinês de botânica. Em alguns outros livros chineses escritos entre 290 e 370 DC, há referências mais concretas sobre as orquídeas. Ainda na China, mais tarde durante a Dinastia Sung (960 a 1279), apareceram muitos trabalhos dissertando sobre as orquidáceas, os quais abrangiam os mais diversos aspectos dessas plantas.
No ocidente, depois de Teofrasto, no primeiro século da nossa era, apareceu uma obra intitulada “Matéria Médica”, onde o autor, um médico grego de nome Dioscórides, reuniu informações sobre 500 plantas ditas medicinais, entre as quais se incluíam 2 orquídeas.

Na história dos antigos povos das Américas também são feitas referências às orquídeas; as mais importantes no que diz respeito à utilização pelos Aztecas e Maias das favas da Vanilla que eles usavam para dar aroma a algumas das suas bebidas. O nome Azteca para a baunilha era “tlilxochitl”, que significa flor negra, numa alusão às favas pretas quando maduras. Os Maias a chamavam de “sisbic”. Com o domínio espanhol sobre esses povos, as favas da Vanilla foram introduzidas na Europa. Hoje a Vanilla é usada mundialmente como aromatizante, conhecido como baunilha.

No século XVI eram mencionadas apenas 13 espécies européias de orquídeas, todas terrestres.

Só bem mais tarde os botânicos começam realmente a tentar classificar as plantas de uma maneira ordenada, aparecendo então menções de orquídeas vindas para a Europa de várias partes do mundo.

Em 1735, o famoso botânico sueco Linnaeus, no seu trabalho "Species Plantarum", começou a estabelecer a primeira classificação das plantas usando um nome genérico seguido de um nome específico, empregando então pela primeira vez a palavra Orchis para designar um gênero de orquídeas e citando 62 espécies diferentes nesse seu trabalho. Mais tarde Jussieu usou esse nome para designar toda a família Orchidaceae.

A primeira orquídea americana oficialmente registrada saiu da América Central e floriu na Europa em 1732, recebendo o nome de Bletia verecunda. Em 1788 floriu na Europa e foi registrado o então Epidendrum fragrans Sw. Nas últimas revisões científicas realizadas, essa planta passou a chamar-se Anacheilium fragrans (Sw.) Acuña e até que se descubra uma outra planta brasileira de menção anterior, temos de considerá-la como a primeira orquídea brasileira registrada, embora de forma indireta, pois ela não saiu do nosso país e sim da América Central.

Os estudos de Linnaeus foram o primeiro caminho para as importantíssimas pesquisas de Darwin que culminaram com a sua teoria da evolução das espécies, entre muitos outros trabalhos.

Em geral os coletores que viajavam pelo mundo não eram os responsáveis pelas descrições das espécies, mesmo que fossem botânicos como era o caso de Martius e de Saint-Hillaire, pois tinham que atender nessas suas expedições a muitos interesses. Os estudos e descrições das plantas eram feitas por botânicos que trabalhavam em diversas instituições européias.

Assim, em 1830, John Lindley fez a primeira classificação sistemática das orquídeas. É ele o responsável pelo estabelecimento de mais de 350 orquídeas brasileiras, ou seja mais que 10% de todas as nossas espécies conhecidas até os dias de hoje.

Elas vegetam nos mais diversos ambientes, desde regiões frias a quentes; de secas a muito úmidas; de elevadas até baixas altitudes, etc. O seu hábito de vida também se realiza de diferentes formas:

1) Diretamente no solo. São as orquídeas terrestres.


2) Sobre pedras ou rochedos, a pleno sol ou abrigadas da luz direta. Neste caso são chamadas de rupícolas.


3) Sobre árvores ou arbustos, usando estes vegetais apenas como hospedeiros, sem os parasitar. As orquídeas com esse hábito recebem o nome de epífitas.


4) Vivendo no húmus das matas, ou seja, no material orgânico em decomposição existente sobre o solo das matas. São as orquídeas humícolas.


5) Um caso extremo de adaptação, ocorrendo no subsolo. São as raras orquídeas subterrâneas que vivem na Austrália.